Vida Interior do congregado

 

No devocionário há fórmulas para a piedade individual e coletiva do congregado.
Aqui resumimos os pontos fundamentais de sua vida interior: Meditação, Leitura Espiritual, Exame de Consciência, Confissão e Eucaristia.



EUCARISTIA


1 — Comunhão • contrição


Tôdas as disposições com que devemos comungar se reduzem a uma dupla convicção:

 

A — Convição da Presença Real

— Meditem-se bem duas passagens do Evangelho:

a — o Capítulo 6 .° de S. João onde Nosso Senhor nos promete seu corpo e sangue como comida e bebida: “Eu sou o Pão da vida... Minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.”
b — A última Ceia. Jesus cumpre sua promessa: “Isto é o meu corpo”, “Êste é o calix do meu sangue”. Não contente com realizar pessoalmente o milagre de uma vez para sempre, Êle dá o mesmo poder aos apóstolos para que reproduzam e perpetuem a transubstânciação: “Fazei isto em memória de mim”.



B — Convição da necessidade de comungar frequentemente.


a — Cristo institui sua presença entre nós sob forma de alimento para que entendamos sua necessidade. Não quis que sòmente o adorássemos, mas que nos alimentássemos dÊle. "Em verdade, em verdade
vos digo, se não comerdes a carne do "Filho do Homem, não tereis a vida em vós”.

b — Cristo instituiu sua presença sob forma de PAO para que entendamos que a Comunhão deve ser o mais frequente possível. O máximo que a Igreja permite e deseja é a Comunhão diária.

Se o congregado tiver essa dupla convicção da Presença Real e da necessidade de comungar frequentemente, está tudo resolvido.
Essa convição produzirá recolhimento, oração espontânea; eliminará a rotina das fórmulas rezadas com distração; desfará a atitude contrária, de afastamento da comunhão por medo da rotina, por medo daquele "não sinto nada”.
Com essa convição crescerá a falange mariana dos homens de Comunhão diária.


2 — Pratica da Comunhão


• Preparar-se quanto possível com atos espontâneos de Fé, Esperança, Caridade, Contrição, Desejo. Se a devoção não ajuda, recorra-se aos atos sugeridos.

Eucaristia


• Aproximar-se da mesa com tôdo o recolhimento.
• Fazer a genuflexão simples.
• Ao comungar: levantar a cabeça, abrir modestamente a boca, estendendo a lingua sóbre o lábio.
• Procurar engulir logo a hóstia.
• Levantar-se imediatamente, sobretudo se houver outras pessoas esperando a vez.
• Voltar ao lugar com maior recolhimento ainda, ajoelhando-se logo.
• Conversar com Cristo com inteira espontaneidade: agradecer a visita, pedir perdão, pedir graças, expor problemas espirituais e também materiais. (É um êrro, infelizmente muito frequente, voltar da mesa da comunhão cantando, ou ir logo cantar no côro).
• Enquanto dura a distribuição da Comunhão e a Missa, e mesmo depois dela por alguns minutos, deve o congregado prolongar a Ação de Graças. Se a devoção de novo não ajuda, recorra aos atos sugeridos. Certas orações como: “Alma de Cristo”, “Oração a Jesus Crucificado”, "Oração a Cristo Rei” não se devem omitir.
• A Ação de Graças, contando do momento em que se recebeu a Comunhão, deve durar, no mínimo, dez minutos.



3 — Assistência à Santa Missa:


  • Os congregados farão o possível para assistir à Missa também durante a semana.
    Os que moram nos centros urbanos não a deixem fàcilmente sobretudo durante as férias dos estudos ou do trabalho.
    A Eucaristia deve ser o comêço de nosso dia e a base de tôda a nossa vida espiritual.
    À hora da missa é também excelente oportunidade para cumprir com a meditação diária.

    Para mais participar da Missa e também para realizar um apostolado muito próprio dos congregados, procurem todos, na medida do possível, aprender à ajudá-la. Por isso no “Ordinário da Missa” introduzimos
    algumas breves indicações práticas para os ajudantes.
    Com a Meditação, Exame de consciência, Confissão, dispomos nossa alma para a união com Jesus Cristo. Na sagrada Eucaristia realiza-se essa união do modo mais íntimo e perfeito que é por uma real incorporação
    nossa em Jesus Cristo, verificando-se em nós o que S. Paulo dizia de si: “não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim”.
    Com êsses elementos interiores realizará o congregado a plenitude da vida mariana contribuindo para que haja no Brasil um marianismo vivo e vivificante.